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O que visitar em Cabril

Caminho Cultural de Cabril

A junta de freguesia no nome do seu presidente Márcio Azevedo aproveitou as paragens de autocarro para dar mais vida à paisagem natural que rodeia as aldeias. 

Com a curadoria de Susana Antao, 8 artistas tiveram a seu cargo interpretar visualmente as tradições e ofícios de Cabril. A vezeira das cabras e vacas, o ciclo de azeite, o ciclo do linho, a colheita do milho, a cozinha tradicional e o mel através da silha dos ursos. 

Cabril tem a sua identidade muito marcada e a identidade de cada aldeia é a sua tradição e que não há nada mais belo do que relembrar essas tradições e eternizar as gentes do nosso passado para memórias futuras. 

Igreja Matriz

“Este trabalho de pesquisa e investigação apresenta a história documentada (Arquivo Distrital de Braga) do processo de mudança da igreja da freguesia de Cabril (Gerês), do lugar de São Lourenço para o Outeiro do Lugar da Vila. Em que local estaria edificada a Igreja antiga? Tudo leva a crer que seria no local onde hoje está situada a capela do lugar de São Lourenço. As inquirições do ano 1258, a tradição oral, as descrições no Tombo da igreja e os documentos do processo de mudança apontam nesse sentido. Seria, como todas as igrejas da época de paróquias rurais e serranas, uma Igreja românica, singela e em granito da região. Não passaria de um modesto edifício muito pequeno.
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Num dos registos do processo de mudança da igreja é referido que era uma igreja muito pequena tendo quarenta e quatro palmos de comprido e vinte e dois de largo e a capela-mor dezasseis palmos. Com certeza que era constituída, como todas, pela capela-mor da obrigação do abade e pelo corpo da igreja, este da responsabilidade dos fregueses. As suas paredes seriam espessas, teriam uma porta principal e outra lateral e algumas frestas para entrada de luz e ar; o telhado seria de duas águas, forrado a madeira; o pavimento, tudo leva a crer que fosse em granito, em forma de ladrilho. Em suma, um edifício simples e pobre, mas que satisfazia as necessidades espirituais e sócio-religiosas da sua população.
Inicia-se o processo de mudança de lugar da igreja com um pedido dirigido ao Arcebispo de Braga em 30 de Junho de 1726, feito pelos moradores de Pincães e Fafião, no sentido de ser autorizada a construção de uma nova Igreja para uso dos dois lugares. Fundamentavam o pedido dizendo que a igreja estava situada num ponto muito distante e por caminhos muito ásperos pelo meio dos montes do Gerês, o que tornava um tormento o transporte dos defuntos dos ditos lugares para a igreja. Nos baptismos já tinham morrido algumas crianças com o frio das neves, e no inverno ninguém destes lugares ia à santa missa à Igreja matriz. Diziam também que os dois lugares tinham trinta e cinco fogos e que poderiam sustentar os gastos na edificação de uma nova igreja e garantir o sustento de um novo pároco. Apresentavam, como testemunhas das suas afirmações, alguns abades de freguesias vizinhas. Esta petição teve forte oposição do então abade de Cabril assim como um parecer desfavorável do abade visitador.
Os moradores de Pincães e Fafião apresentaram uma nova petição a 23 de Dezembro de 1727, insurgindo-se contra a informação do abade visitador. Afirmavam que o abade de Cabril se tinha ausentado para o Brasil sem a devida autorização do Arcebispo de Braga. Também diziam que a freguesia de Cabril era bastante rica para ser dividida por dois párocos. Se os seus argumentos não forem considerados, em alternativa que se mude a igreja para o vale de Cabril, que fica no centro da freguesia.
A petição de mudança é deferida a 14/02/1730, sendo pedido o parecer do abade de Cabril, entretanto regressado do Brasil. O parecer do dito abade foi favorável tendo um acórdão da Relação de Braga, em 01/08/1730 autorizada a mudança da igreja para o sítio do Covato, junto ao lugar de Cavalos, sítio escolhido pela maioria dos moradores de Cabril e seu abade. A petição acima referida é contestada pelos moradores dos lugares de S. Lourenço, Chelo, Xertelo, Azevedo e Lapela, ficando o processo de mudança vários anos suspenso.
Passados vinte anos em 10/10/1750, os moradores de Cabril apresentam uma provisão ao Arcebispo de Braga, dizendo que tinham alcançado na Relação de Braga uma sentença favorável, para mudarem a igreja matriz para o lugar de Cavalos, pedindo autorização para fazer a mudança e arruinarem a igreja antiga, aproveitando os materiais para a nova. A provisão é deferida em 15/12/1750.
António Gonçalves dos Santos, novo abade da freguesia de Cabril, e moradores apresentam uma petição pedindo a troca do sítio do Covato para o sítio do Outeiro, no lugar da Vila. Diziam que, no Covato, não tinham condições nem espaço para edificar a igreja, só se comprassem mais terreno a particulares. Mas, se a igreja fosse edificada no Outeiro, ficava muito mais bem situada e com menos encargos, porque esse terreno era da freguesia e ainda havia espaço próximo para fazer a residência do pároco. Pediam os suplicantes licença ao Arcebispo de Braga para se edificar a igreja no sítio do Outeiro no lugar da Vila. Depois do parecer favorável do abade visitador, a petição é deferida a 09/03/1752, sendo finalmente autorizada a edificação da nova igreja de São Lourenço de Cabril.
Em 06/12/1754, o abade de Cabril, António Gonçalves dos Santos pede autorização para ser benzido o corpo da igreja e mudar os santos e o sacrário da Igreja velha para a nova, pois já reuniam condições para a realização dos actos religiosos. A autorização é deferida em 10/12/1754. Em 12/06/1755, abade de Cabril faz a última provisão deste processo de mudança. Foi pedida autorização para benzer a capela-mor da igreja, na forma do ritual romano. Em 23/06/1755, é autorizada a provisão acima referida e devidamente registada, em 26/06/1755, no Registo Geral do Arcebispado de Braga. Ficou finalmente encerrado todo o processo de mudança de lugar da igreja matriz de São Lourenço de Cabril. Como se vê neste processo, a burocracia não é um fenómeno só dos nossos dias. Já em tempo antigo existia, tendo demorado trinta anos a fazer a mudança da Igreja. Mas valeu a pena esperar tantos anos. Foi edificada uma bonita e espaçosa igreja com a rica arte sacra de Braga do século XVIII. “
Pereira, Paleólego B.M. ( 2011 ) História e Património Religioso São Lourenço de Cabril Braga: s.n.

Miradouro de Fafião

Chegados a Fafião, siga as indicações do miradouro, ande um pouco a pé e pode usufruir de uma vista deslumbrante.

Santuário de Nossa Senhora das Neves. 

Visite este espaço, aproveite o parque de merendas na sombra de um centenário bosque de medronheiros e alguns carvalhos que tornam este espaço único e de uma beleza ímpar.
Todos os anos, dia 5 de agosto, muitos devotos vêem até a capela para assistir à celebração da eucaristia e cumprir promessas. 
O lado pagã destas festividades também atrai muitos visitantes das aldeias vizinhas tornando-a uma das mais apreciadas desta zona
A sua construção data de 1720 com uma história singular que pode ler a seguir.

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O Padre Diogo Martins Pereira diz no seu manuscrito que o Padre João Martins Pereira do Lugar de Chelo, Freguesia de Cabril foi o impulsionador da construção da atual capela da Senhora das Neves. Quando se decidiu pela construção da nova capela, no local haveria apenas só ruínas do convento das Pondras e da Igreja tinha ao lado, destruídos pelos invasores na guerra da delimitação de fronteiras e de combate aos cristãos. Diz o Padre Diogo, que leu num catálogo dos antigos Mosteiros dos religiosos de São Bernardo, onde citava o Mosteiro de Pondras, que pagava nos primeiros anos uma pensão ao Mosteiro da Senhora das Unhas que se situava na Vacariça de Pitões – Montalegre. Só deixaram de pagar porque estes não concorriam com nada para a Igreja da Senhora das Neves. Foi então estabelecido que os moradores dos lugares adjacentes contribuíssem com um tostão para aí se festejar a Senhora das Neves no dia cinco de agosto.
O Padre João era um fervoroso devoto da Senhora das Neves e não descansou enquanto não edificou uma nova Capela, que diz ter como alicerce a igreja antiga que estava ao lado da porta principal do mosteiro das Pondras. Quando da execução das fundações foi retirado do mosteiro um varão de ferro que fazia parte da cobertura, concluindo que a base estaria muito funda, o que tornava ao tempo impraticável a sua descoberta à luz do dia. Aproveitou assim o suporte da Igreja antiga para instalar a nova capela. A verdade é que existe ali pedra sobrante antiga, possivelmente de uma outra construção antiga existente (Mosteiro das Pondras) que estaria ligado ao Mosteiro de Pitões. Escavações no local, colocariam em visibilidade a necessária confirmação. A capela tem inscrita a data de 1720, que é a data de construção em honra de nossa Senhora das Neves. O Padre João de Chelo, nascido neste lugar e provavelmente Pároco da freguesia de São Lourenço de Cabril, é citado pelo Padre Diogo, que viveram no mesmo século e a fonte de todo a informação. Não temos a data exata da construção do Mosteiro, que albergaria cerca de 60 Monges, mas o encontro de ferro nas escavações poderá indicar o século da sua construção. O ferro forjado começou a ser utilizado na Península Ibérica a partir do século XV, pelo que pode ser nesse século o surgimento do Mosteiro. O Padre Diogo Martins Pereira, escreveu que no convento viviam 60 Monges trabalhavam e oravam, que foram mortos pelos invasores.
Na falta de documentos sobre as aldeias e a vida em Barroso em que algumas delas simplesmente desapareceram e outras novas foram criadas. Este documento manuscrito deste padre, natural da Casa da Freiria na aldeia de Pincães da Freguesia de Cabril, dá-nos alguma luz sobre o século XVIII destas aldeias da Freguesia de Cabril dos lugares das suas gentes e de algumas famílias. Cita particularmente a casa da Freiria onde nasceu e a sua genealogia das famílias e a dos Casais em Pincães e casa da Fonte em São Lourenço da fauna e flora existente no seu tempo de sítios onde havia moradores cujas casas desapareceram, mas que ainda estão no ouvido dos atuais moradores. Ajuda-nos assim a compreender melhor o percurso dos nossos antepassados. Este documento chega a Pitões e Covelo do Gerês. No que é citado no manuscrito para Covelo do Gerês, comprovamos a existência de um natural da freguesia citado como Governador Militar de Valença do Minho que comandou as tropas portuguesas e impediu o exercito espanhol de entrar em Portugal. Este facto foi comprovado como verdadeiro, dado que estava repetido num site da internet.
Refere também um milagre de um residente em Vila Nova que evocou a Senhora das Neves ao cair de uma cerejeira. Na queda teve uma visão da Senhora das Neves e não teve qualquer ferimento.
É também muito usado o clamor a Senhora das Neves nos casos extremos de tempo a (muito sol ou muita chuva) pedir a mudança do tempo a Senhora regressa à Capela. O pedido é satisfeito por sua interceção e o tempo muda.
O cruzeiro antigo, que existia na frente da capela foi mandado erigir por Domingos Aguiar, morador que foi no lugar de Vila Nova, por graça recebida pela sua filha Ana Aguiar. Foi derrubado por um camião em 2017, quando das obras no recinto e partiu, ficando no novo cruzeiro integrada a base do cruzeiro original com a evocação, conforme se pode verificar no local.

Doutor Manuel Afonso Machado in Ecos do Barroso 

Cascata de Cela Cavalos 

Estacione o carro no cruzeiro de Lapela, siga a pé pelo meio da aldeia até ao incio da estrada em terra batida. Depois de andar 20 mim no estradão encontra esta linda cascata. Depois das primeiras chuvas, a água abunda no leito do ribeiro tornando a Cascata de Cela Cavalos mais encantadora.

Fojo do Lobo de Xertelo

Depois de estacionar o carro antes de entrar na aldeia ande 10 mim a pé e facilmente encontra o fojo.

O fojo dos lobos de Xertelo foi recuperado recentemente, para perpetuar na memória das gentes a constante luta entre o homem e o lobo. 

À semelhança do todos os outros fojos é uma armadinha construída de paredes graníticas que terminam num poço, e tinha como objectivo a morte dos lobos. As suas paredes chegaram a ter 500m de comprimento.

Os lobos eram encaminhados por populares em batidas pela população que os conduziam para o Fojo.

Pela sua localização, este fojo não servia apenas Xertelo, nas batidas participavam São Lourenço, Azevedo e Chelo que também partilhavam a serra no pastoreio

Cascata de Pincães

Para chegar a este paraíso, deixe o carro no Largo do Carvalhal logo na entrada da aldeia. Seguindo as placas informativas, ande 30 mim por estradão e caminho de pé posto até que vê esta maravilhosa cascata.

Praia da Barca

Na Albufeira da barragem de Salamonde pode desfrutar do parque de merendas, do sol e de águas mornas para relaxar o corpo e a mente.

Fojo do Lobo de Fafião

Ao entrar na aldeia, estacione o carro, siga as placas informativas e andando 10mim a pé entra no fojo. 

O Fojo do Lobo de Fafião é uma estrutura com paredes graníticas convergentes com 60m de comprimento e 2,2m de altura, que afunila para um fosso de 4,5m de diâmetro e 3,9m de profundidade.

Não se sabe ao certo a sua data de edificação, historiadores acreditam que data do século XV, outros afirmam que é do final século do XVIII. Nas décadas de 1980 e 1990 sofre obras de beneficiação e limpeza. 

O Fojo era uma armadilha utilizada para caçar os lobos que ameaçavam os rebanhos da aldeia. Os lobos eram encaminhados por populares em batidas que os conduziam para o Fojo. As esperas eram buracos escavados na terra onde ficavam os atiradores aguardando os lobos bem camuflados por todo o tipo de arbustos e sebes. A última utilização deste Fojo data de 1948, com a ameaça de extinção dos lobos, Fafião tem agora um papel importante na preservação da espécie.

Moinho Cubo Vertical Xertelo

Na entrada da aldeia encontra placas informativas que o levam até ao Moinho, 

Este Moinho Cubo Vertical foi reabilitado para que não se percam os legados de outros tempos. 

Este moinho é especial porque a sua estrutura em pedra em forma de poço com 8 anéis acumulava a água e o seu peso fazia mover a mó. 

Estando perfeitamente recuperado o manípulo de madeira que abre a água fazendo girar pela força da gravidade o rodízio a uma velocidade certa onde o milho e centeio são moídos.

Poços verdes do Sobroso ( 7 Lagoas )

Antes de entrar na Aldeia de Xertelo, estacione e procure o placard informativo do início do trilho PR9 MTR. Siga as o indicações do PR e em 90 mim chegará em segurança os poços e cascatas tão apreciadas por todos. 

Minas dos Carris

Situadas na Serra Do Gerês, as Minas dos Carris são um complexo mineiro abandonado e encontram-se a uma altitude superior aos 1400 metros.
Inseridas numa zona protegida, mas não dentro da área de proteção total, chamamos atenção para o facto de se tratar de uma zona é de acesso limitado, sendo necessária autorização do Parque Nacional para aí caminhar.

Ponte Nova e Ponte Velha

A Albufeira de Salamonde surge da construção da barragem inaugurada em 1953,  com uma estrutura em arco com 75 metros de altura. Aquando do aumento do nível das águas Cabril viu a sua paisagem completamente alterada, lagares de azeite, moinhos e lameiros tornaram-se parte da albufeira submersos e perdidos de vista.

A Ponte Velha de estilo românico do período medieval apresenta um arco de volta perfeita erigido com um cuidado aparelho isódomo, o qual vence um vão com cerca de dois metros de largura. O tabuleiro eleva-se em cavalete e o arco encontra-se fortemente consolidado nas margens através de dois pegões divergentes. O pavimento é constituído por lajes regulares e não possui guardas.

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Esta teve de ser substituída pela Ponte Nova para manter a ligação entre as duas margens do rio Cabril. 

Quando as águas da barragem descem o passado e o presente encontram-se numa vista desafogada da Ponte Velha como companhia à Ponte Nova. Por outro lado, quando a cota do nível da água é maior surge a singela imagem da Igreja Matriz em reflexo, e em tons de verde e/ou amarelo, a floresta circundante sobre um azul intenso do céu.

Nos dias mais quentes os jovens da terra, à rebeldia dos mais sensatos saltam da Ponte Nova para a água desafiando-se mutuamente na procurar do mais destemido. Ao mesmo tempo fazem as delícias dos que lá passam que param a assistir a este espetáculo com grande entusiasmo.

Águia Real

Ainda há quem se lembre de ver nos céus de Cabril, Aguias Reais a voar que em outros tempos escolheram as fragas da Surreira do Meio Dia para nidificar.

E para que a memória não se apague, a escultura de uma águia foi colocada na aldeia de Chelo, num pequeno monte em frente à emblemática Surreira do Meio Dia, para eternizar a passagem delas por esse local.

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«Águia-real Aquila chrysaetos

Parque Nacional da Peneda-Gerês

É uma das maiores aves voadoras do mundo, distribuindo-se pela Eurásia e pela América do Norte.

Vive geralmente nas regiões montanhosas, nidificando em escarpas mais ou menos inacessíveis.

Em voo distingue-se pelas asas largas, compridas quase retas podendo atingir 2,30 metros de envergadura.

O vigor e a destreza são particularidades que fazem da Águia-real um predador perfeito, capturando roedores, répteis e mamíferos de médio porte como a raposa. Desempenha por isso, um papel importante no equilíbrio das cadeias alimentares e no ecossistema onde vive.

É uma das espécies mais emblemáticas do Parque Nacional

Peneda-Gerês mas é também uma das maiores ameaças da região e do território português encontrando-se catalogada «em perigo» no Livro dos Vertebrados de Portugal.

A estricnina usada ilegalmente para combater o lobo, mas de que a águia é também vítima, o abate intencional e a pilhagem constituem, no Parque Nacional, a par da perturbação do habitat, da falta de presas e de uma taxa reprodutiva baixa, os principais motivos que estão a levar ao seu desaparecimento.

Atualmente, a Águia-real é alvo de um projeto de conservação que visa melhorar o estado da população. ordenamento dos desportos e montanha e em particular da escalada, a recuperação do habitat, a erradicação do veneno, a melhoria da fiscalização e a sensibilização para as questões de conservação da espécie e do seu habitat são algumas das medidas em cursos previstas no “Plano de Conservação da Águia-real”

Ajude-nos a concretizá-lo!

– Não coloque iscos envenenados; em caso de suspeita informe o Parque Nacional.

– Não pratique escalada ou quaisquer outros desportos de montanha sem antes contactar o Parque Nacional.

– Não perturbe a espécie, sobretudo em época de reprodução.»

Fonte: Parque Nacional Peneda-Gerês

Chibo

O Chibo, macho da cabra, que está eternizado em Bostuchão com uma escultura com a Serra do Gerês em Plano de Fundo. Sendo A cabra uma presença constante na nossa serra, não podemos deixar de escrever sobre ela.

A Cabra Pyrenaica, também conhecida como cabra montês, é uma espécie de cabra selvagem encontrada nas montanhas dos Pirenéus, na Europa. Esses animais são conhecidos por sua adaptabilidade em ambientes montanhosos e são encontrados em altitudes que variam de 800 a 3.000 metros.

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As cabras Pyrenaica são animais robustos e ágeis, com pelos grossos e densos que variam em cores, desde marrom-avermelhado até cinza-claro. Os machos são maiores que as fêmeas e podem chegar a medir até 1,20 metro de comprimento e pesar até 100 quilos, enquanto as fêmeas medem cerca de 90 centímetros e pesam até 50 quilos.

Os animais desta espécie alimentam-se de gramíneas e plantas lenhosas, como por exemplo folhas de carvalhos. Algumas das plantas que servem de alimento à cabra-montês: azinheira (Quercus ilex), azevinho (Ilex aquifolium), zimbro (Juniperus oxvcedrus), aderno (Philyrea latifólia), piorno (Cytisus sp.), urzes (por exemplo, Erica arborea), alecrim (Rosmarinus officinalis) e silvas (Rubus ulmifolius).

Esta espécie já esteve presente em todas as regiões montanhosas da Península Ibérica e, nos últimos séculos, as populações sofreram um forte decréscimo. Nos finais do século XIX, a cabra-montês extinguiu-se em Portugal e, no início do século XXI, a sua área de distribuição ficou reduzida às regiões montanhosas no Centro e Sul de Espanha. Como resultado de algumas ações de reintrodução desta espécie no norte de Espanha, a partir de 1999 registou-se a presença da espécie na serra Amarela e na serra do Gerês. Neste momento, já se encontras muitas dezenas na Serra do Gerês.

Em resumo, a cabra Pyrenaica é uma espécie única e importante para os ecossistemas montanhosos, e é vital que os esforços de conservação continuem para proteger esses animais e garantir sua sobrevivência.

João Rodrigues Cabrilho

A descoberta marítima da Alta Califórnia aconteceu há 480 anos, quando uma frota de três navios, comandada pelo português João Rodrigues Cabrilho, partiu da Nova Espanha e cartografou a costa da Alta Califórnia em 1542/43. Esta viagem histórica teve lugar apenas meio século depois de o genovês Cristóvão Colombo ter chegado às Caraíbas.

A vida de Cabrilho (que morreu em 3 de janeiro de 1543) ainda esconde muitos mistérios, apesar do progresso biográfico substancial resultante dos trabalhos extensos e esclarecedores de Harry Kelsey e Wendy Kramer, entre outros. É com grande honra que anuncio aqui publicamente várias descobertas importantes acerca de alguns episódios da vida de Cabrilho, baseadas num número significativo de documentos históricos nunca contextualizados propriamente, compreendidos ou sequer devidamente estudados.

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No que respeita à temática da nacionalidade portuguesa de Cabrilho, para além da referência de António de Herrera y Tordesillas (o cronista real de Espanha nos séculos XVI e XVII), o que se apresenta a seguir é claramente o conjunto mais robusto de dados alguma vez descoberto. Este trabalho irá ser publicado em jornais académicos, estando a decorrer a devida revisão independente por especialistas na área, num processo que levará largos meses a completar. Serve este artigo para introduzir as ideias básicas destas novas descobertas à comunidade interessada nos assuntos relativos a Cabrilho e à descoberta marítima da Alta Califórnia.

O trabalho a publicar irá revelar muitas conexões novas, de grande importância, entre documentos históricos já conhecidos e o dealbar da descoberta marítima da Alta Califórnia. Traz novos dados sobre a complexa rede de indivíduos e eventos que culminaram nesta viagem épica, focando-se sobretudo na nacionalidade de Cabrilho e noutros portugueses donos de navios na frota de Alvarado-Mendoça de 1540-1543.
Destaca-se a apresentação do testamento inédito de Bartolome Ferrer (datado de 1547), em que o piloto-mor de Cabrilho declara ser natural (contextualmente significando ser nascido e não naturalizado) de Albissola, perto de Savona. Ferrer era genovês e não espanhol, corrigindo o que é aceite frequentemente na literatura atual.

Faz-se depois uma revisão crítica do contexto internacional à época de Cabrilho, dando-se muitos exemplos de estrangeiros (famosos e gente comum) naturalizados castelhanos, mas não nascidos em Espanha. Um caso paradigmático é a carta real de naturalização de Américo Vespúcio (de 1505), em que se pode ler a seguinte passagem elucidativa: “… daqui em diante … faço-vos natural destes meus reinos de Castela e de Leão … como se fôsseis nascido e criado neles … e vos consintam ter quaisquer ofícios públicos reais … que vos forem dados …”. Vespúcio era, portanto, natural de Castela, mas não lá nascido. Este é muito provavelmente também o caso de Cabrilho.

Lendo cuidadosamente as descobertas documentais (de 2015-2016) da dra. Kramer, em rigorosamente nenhuma instância se declara explicitamente que Cabrilho nasceu em Espanha, mas sempre e apenas que Cabrilho era natural da atual Palma del Río.
Tendo em conta as leis de naturalização de Castela no século XVI, é muito importante vincar esta correlação entre ter dupla nacionalidade e o “natural de” não significar necessariamente ser “nascido em”. Não é, portanto, muito industrioso da parte de Kramer, Kelsey e outros, inventar agora um erro acerca da nacionalidade de Cabrilho na obra de Antonio de Herrera (c. 1615, em que este declarou que Cabrilho era português e uma “pessoa muito prática nas coisas do mar”), porquanto as conclusões prematuras acerca do “Cabrilho espanhol” pecam por ser simplistas, omitindo demasiados outros exemplos históricos de indivíduos com dupla nacionalidade, como Magalhães, João Dias de Solis, etc..
Detalham-se também as provas categóricas acerca de Alvar Nunes ser um piloto português e coproprietário do Santa María de Buena Esperança, muito provavelmente o segundo maior navio na frota de Cabrilho (talvez rebatizado como Santa Maria de La Victoria).

Considerando que Cabrilho era o dono e o construtor do San Salvador, estas são notícias muito reveladoras: é agora possível que marinheiros portugueses fossem os donos dos dois maiores navios que descobriram a Alta Califórnia!

Mais ainda: alguns documentos sugerem (mas não provam categoricamente, como no caso de Alvar Nunes) que António Fernandes poderá ter sido o dono português de ainda um outro navio na frota de Alvarado-Mendoça — o Anton Hernandez, alternativamente apontado como sendo o segundo maior na frota de Cabrilho.

Crucialmente, dando apoio à nacionalidade portuguesa de Cabrilho, documentam-se ainda novas, diversificadas e fortes provas circunstanciais acerca de “Juan Rodríguez(s) português” (que seria Cabrilho, com toda a verosimilhança) nas Honduras e na Nicarágua. Enquanto António Fernandes era um vizinho português de Granada (Nicarágua), “Alvar Nuñez português” e “Juan Rodríguez português” (os seus nomes, como escritos em documentos castelhanos) conheceram-se em León da Nicarágua, pelo menos em novembro de 1529.

Os detalhes, discussão e contextualização deste conjunto de novas provas indicam consistentemente que Cabrilho e “Juan Rodríguez(s) português” sejam a mesma pessoa, do mesmo modo que Cabrilho era conhecido sobretudo como “Juan Rodríguez” na Guatemala.

No que respeita ao possível local de nascimento de Cabrilho em Portugal, apresentam-se também documentos dos arquivos eclesiásticos da freguesia de Cabril (Montalegre) relativos a uma família Rodrigues em torno de 1520. Estes documentos foram descobertos pelo senhor Paleólogo Bento Miranda Pereira, que gentilmente os partilhou.

Discutem-se também novos dados cronológicos de suprema relevância, baseados no radioisótopo carbono-14, que permitem validar os anos iniciais da década de 1530 como sendo aqueles em que Cabrilho ofereceu um crucifixo à sua família Rodrigues em Lapela (de Cabril), em concordância com a tradição oral ancestral.

Sublinhe-se que nas medidas de carbono-14 (feitas no laboratório 14-Chrono da Queen”s University Belfast), apesar de surgir um pico de alta probabilidade para os primeiros anos da década de 1530, surge também outro pico de elevada probabilidade em torno de 1650. Uma análise estrita destes dados não descarta, portanto, outras datas possíveis para a idade do crucifixo.

Apesar de estes resultados do carbono-14 não serem prova absoluta, eliminando qualquer dúvida acerca da idade do crucifixo, pelo menos vão ao encontro do que a família Rodrigues tem vindo a contar ao longo de muitas gerações, reforçando assim claramente a possibilidade de Cabrilho ter nascido em Lapela.

O trabalho discute ainda homónimos de “Juan Rodríguez(s) portugués” (como o rico comerciante português do Panamá) que não eram o Cabrilho, e homónimos de outros indivíduos de destaque em muitos dos acontecimentos da vida de Cabrilho, incluindo “Francisco López portugués”, que se terá talvez naturalizado igualmente na atual Palma del Río.

Finalmente, discute ainda o que muito provavelmente será a primeira prova da existência do próprio testamento de Cabrilho.

Em nome do interesse no progresso do conhecimento histórico, espero que estes contributos ajudem a abrir futuras avenidas que detalhem e clarifiquem ainda mais o papel de Cabrilho e de outros marinheiros portugueses neste período de grande dinâmica das primeiras descobertas marítimas do Pacífico Oriental.»

Paulo M. J. Afonso
Astrofísico português residente nos Estados Unidos (Califórnia), professor de astronomia e investigador de história e cartografia

Lagar de Azeite de Pincães

Desconhece-se a idade deste lagar, os mais velhos dizem que os avôs já contavam histórias passadas no lagar, podemos dizer com certeza que terá mais de 200 anos.

Em 2009 foi reabilitado tendo entrado em pleno funcionamento em janeiro de 2010 com a I Festa do Azeite. A partir daí todos os anos a população vai revivendo memórias e mostrando, sobretudo aos mais novos, o trabalho e todo o processo de fabrico do azeite de forma tradicional. O sabor do azeite acabado de sair do lagar é único e fica na memória de quem o degusta.

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Este lagar é um excelente exemplar dos antigos lagares comunitários conservando os mecanismos originais. Na freguesia de Cabril há seis lagares, no entanto só este está em condições de funcionamento.

O olival sempre fez parte da paisagem de Cabril e de Trás-os-Montes, a apanha acontece durante os meses de dezembro e janeiro, seguida da sua transformação. A troca de produtos era uma prática comum em todo o concelho e o azeite era considerado um produto muito procurado e valioso, tornando-se um importante meio de subsistência para toda a população.

Cada família fazia a sua apanha de azeitona e o seu azeite, já no lagar a azeitona ia para o engenho movido a água e a galga moía a azeitona até se formar uma pasta. De seguida a pasta ia para a seira e os frades (pequenos paus de madeira) davam a altura à seira. As seiras eram colocadas umas em cima das outras e prensadas com a ajuda da trave e regadas com água a ferver. É neste processo que começa a sair o azeite para a tarefa (aduela de pedra) que tem uma capacidade de cerca de 100L. Na tarefa o azeite fica a superfície e ia sendo retirado com um caneco para a talha (pote de barro) onde ficava a aguardar ser consumido. Era tradição, durante o processo de produção do azeite, assar bacalhau e regá-lo com o azeite acabado de sair. O almoço era servido no lagar, criando um ambiente especial que unia o trabalho à celebração da colheita da azeitona.

Lobo

De presença assídua por terras cabrilenses, foram eternizados com 3 esculturas. Duas delas em Fafião e outra no fojo do lobo em Xertelo. Em seguida um pouco sobre os lobos e sobre a sua presença em Cabril.

Os lobos são animais fascinantes que vivem em alcateia no Norte de Portugal e Galiza. Eles são conhecidos pela sua inteligência, socialização e habilidades de caça. Infelizmente, os lobos são frequentemente mal compreendidos e têm enfrentado ações negativas de seres humanos, incluindo as batidas, caça e a perda de habitat.

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Em Portugal, a espécie está ameaçada de extinção, estima-se que na Península Ibérica, sobrevivam cerca de 2000 lobos, dos quais 300 em território português. Um grande número na área do Parque Nacional da Peneda-Gerês. Aqui vivem em estado selvagem, alimentando-se das suas presas selvagens, como é o caso do corço e do javali e pelas presas domésticas, o gado bovino e caprino.

Em Cabril, os lobos sempre estiveram muito presentes na vida de toda a população, prova disso são os 4 fojos existentes na freguesia. O Fojo de Xertelo, o Fojo de Alcantra, o Fojo do Sobreiro e o Fojo de Fafião.

O Fojo era uma armadilha utilizada para caçar os lobos que ameaçavam os rebanhos das aldeias. A sua construção é de paredes graníticas que terminam num poço, e tinha como objetivo a morte dos lobos. Os lobos em batidas eram encaminhados por populares que os conduziam para o Fojo de forma a cair no poço.

 Em Fafião podemos ver as esperas que são buracos escavados na terra onde ficavam os atiradores aguardando os lobos. Sempre bem camuflados por todo o tipo de arbustos e sebes. A última utilização do Fojo de Fafião data de 1948, no entanto, com a ameaça de extinção dos lobos, Fafião tem agora um papel importante na preservação da espécie.

Em conclusão, a questão dos lobos em Cabril é um exemplo do conflito entre a conservação da vida selvagem e as necessidades das comunidades locais. É importante que as soluções sejam encontradas de forma pacífica e que os interesses de todas as partes sejam levados em consideração. A conservação da biodiversidade é essencial para a saúde e a sustentabilidade do nosso planeta e devemos trabalhar juntos para encontrar maneiras de proteger e preservar os animais em seus habitats naturais.

O Barqueiro

Ooohhh da Barrrca!!!

E era assim… que se iniciava a travessia do rio Cávado. Em outros tempos de Cabril para Frades, de Cabril para Sidrós e de Cabril para o Saltadouro, os barqueiros, nas suas barcas, respondiam à chamada para transportar pessoas, animais e mercadorias de um lado para outro, permitindo o comércio e a ligação entre a população das duas margens.

De Cabril para Sidrõs e de Sidrós para Cabril, tínhamos a Barca do Miguel, as pedras da sua casa ainda se conseguem por baixo da Ponte Entre Lagos nome que advém dos Poços de Entre Lagos que lá existiam antes da subida da barragem.

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Bem mais abaixo, no Saltadouro, havia uma ponte, a ponte do Saltadouro, do tempo dos romanos, ponte essa mandada destruir pelo Capitão Mor de Ruivães aquando das Invasões francesas. A ponte caiu, mas o nome ficou até aos dias de hoje. No Saltadouro vivia o Barqueiro de Salamonde, o Valente que com a sua Barca servia essencialmente a população de Fafião e Pincães.

«Mas voltemos á nossa narrativa.

A poz pequena demóra na casa do Hypolito, mettemos a caminho, descendo quasi a prumo para as margens do Cávado. Quando lá chegamos, em frente ao casebre do Valente, já eu não sentia frio. Este Valente é um homem que tem tres oflicios – pescador, moleiro e barqueiro.

Quando não pesca a maquia no moinho, pesca magros vintens na barca, e, quando não há passageiros, pesca no rio.

Eis aqui esta uma sório de accumulações de quo as leis da Republica não cogitaram.

Verdade seja, que a Republica nem sabe quem é o Valente; mas o Valente tambem não sabe, nem quer saber, que diabo seja republica.

Elle vive ahi sosinho, isolado do mundo, sem visinhos, sem ninguem que o aborreça.

Só o rio, ás vezes, lhe préga partidas, fugindo-lhe com a barca, ou pondo-lhe o moinho em cacos; fóra d’isto é a santa paz do Senhor.

-Oh Valente!

E o Valente surgiu a porta da cabana, de carapuça enfiada até ás orelhas.

Na mão esquerda tinha uma malga grande cheia de caldo de couves e na direita um naco de brôa.

— « Lá vou, lá vou ! »-

D´ahi a pouco atravessavamos o Cávado com meia duzia de remádas e pisavamos terras de Traz-os-Montes.

O que tinhamos descido do lado esquerdo do Cávado. tivemos do subil-o do direito, mas em muito maior extensão, por caminho de cabras e em um terreno de aspecto completamente dillerente do lado opposto.

Duas horas e meia depois de termos sahido de Salamonde, chegavamos as proximidades do Pincães.» in Contos de Pincães

Entre estas duas localidades tínhamos a Barca, com os barqueiros de Frades e de Cabril.

Do lado de Frades, o barqueiro de nome Penedones, foi o último barqueiro a atravessar o rio muito antes da construção da Ponte Entre Lagos. Nos últimos anos de Barqueiro, o Penedones foi funcionário da EDP,  foi esta a forma que a empresa encontrou para assegurar a travessia do rio quando as águas da barragem começaram a subir enquanto não se contruía a ponte.

Aos poucos a população começou a atravessar o rio na Barragem de Salamonde ou acima, por Vila Nova até à construção em 1999 da ponte Entre Lagos.

Do lado de Cabril tínhamos o tão querido Ti Sebastião. Homem de muitos ofícios, era barqueiro, moleiro, agricultor e pescador, foi um homem que criou muitos filhos, mas que tinha sempre as portas de casa abertas para matar a fome e a sede a quem passava, foi ele quem encheu os ribeiros da serra com trutas, foi um homem de grande humanidade e um protetor da natureza. Também o Ti Sebastião sofreu com a chegada da barragem, perdeu a casa, os terrenos e o moinho, sendo obrigado a mudar a sua vida para a outra margem do Rio Cabril. Ti Sebastião da Barca é uma parte importante da história de Cabril. Ele representa a gentileza, a generosidade, o trabalho e a resiliência durante toda a sua vida.

Ainda está na memória de muitos a Barca, o chamamento, o som dos remos a entrar nas águas, o Ti Sebastião e outros barqueiros. E para que a memoria não se apague, a junta de Freguesia homenageou estes homens com uma escultura na Praia da Barca para imortalizar os Barqueiros que tanto fizeram pela população de Cabril.